terça-feira, 9 de abril de 2013

INSTRUÇÕES PARA PARTICIPAÇÃO NO BLOGUE

Caros/as alunos/as, Como está indicado no programa do curso, a participação nas discussões em sala responderá por 25% da nota final. Em complemento a isso, até o final do semetre cada aluno deverá fazer dois comentários de textos, aqui no blogue do curso. Um dos comentários deverá ser sobre um dos textos do "Roteiro de leituras" ou dos "Textos de referência/leituras complementares" referentes à parte 2 (produção do século XVII). O outro comentário, sobre qualquer dos textos referentes à parte 3 (produção do século XVIII). Sugiro que os comentários tenham em torno de 15 linhas e façam alguma observação e/ou apresentam alguma questão sobre o texto escolhido. Relações com outros textos lidos anteriormente no curso serão muito bem-vindas. A ideia é que vocês tragam contribuições para as discussões que serão feitas em sala. Peço que os comentários relativos aos textos a serem discutidos na quinta e na sexta-feira de uma determinada semana sejam incluídos até às 12h da quarta-feira anterior às aulas. A discussão sobre qualquer texto ou tópico estará sempre aberta, mas, para efeito de avaliação, não serão considerados os comentários incluídos fora desses prazos. Por favor, assinem seus comentários e incluam o número USP. Essa atividade começará na próxima sexta-feira, 12 de abril. Conversaremos mais sobre isso na quinta-feira. Até lá!

Um comentário:

  1. A Maria dos Povos, sua futura esposa
    Há vários sonetos atribuídos a Gregório de Matos dedicados ao amor, às mulheres que teria amado: Ângela, Catarina, Custódia, Floralva e outras. Este comentado aqui é dedicado à Maria dos Povos, sua futura esposa, provavelmente esposa do sujeito lírico.
    O soneto é a forma lírica da poesia do período quinhentista adotada por poetas de várias línguas, tendo ultrapassado os tempos.
    A Maria dos Povos, sua futura esposa trata de um tema presente em vários sonetos do período: a ação do tempo sobre a beleza e a juventude da amada. Este tema também está presente em Camões e em Shakespeare. Deste último, um exemplo é o Soneto 60: “ ([...] E o Tempo, dado, que hoje nos lega seu presente./Os dias firmam seu passo na juventude,/E cavam suas sendas sobre a fronte da beleza;).

    Essa tópica da passagem do tempo remonta à Antiguidade Clássica. Está em Metamorfoses de Ovídio, por exemplo, como o tempo devorador de todas as coisas (tempus edax rerum)

    Além da tópica do tempo, há a do “carpe diem”,sugerido no segundo terceto pelo verso “ Oh não aguardes, que a madura idade, / Te converta essa flor, essa beleza,/”, inspirado nas Odes de Horácio (I, 11,8 - “ A Leuconoe”): “ Enquanto estamos falando, terá fugido o tempo invejoso; colhe o dia, quanto menos confiada no de amanhã (dum loquimur, fugerit ínvida aetas: carpe diem quam minimum credula postero.)”

    Outras imagens clássicas estão expressas no soneto, como em “Em tuas faces a rosada aurora, referente ao epíteto “a aurora dos dedos rosados” da Ilíada de Homero. Além disso , a mitologia grega em está referida em “Adonis” (verso 2, segundo quarteto), pelo qual se apaixonou Afrodite e Perséfone, numa clara referência á beleza e ao amor, temas líricos por excelência.

    Mariana Prado de Andrade ( n USP: 1297741)

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